Pterígio


Sintomas

Os principais sintomas são olhos irritados, vermelhos, lacrimejantes, inchaço, sensação de ardência e fotofobia, explica o oftalmologista. Alterações visuais aparecem quando o crescimento do tecido deforma a córnea ou atinge a pupila. Apesar de os pterígios de crescimento lento poderem ser assintomáticos, não deixam de ser um inconveniente estético.

Diagnóstico

O diagnóstico do pterígio é basicamente clínico e é importante estabelecer no início o diagnóstico diferencial com o pseudopterígio e a pinguécula, um nódulo amarelo e elevado que se forma na conjuntiva, mas que não invade a córnea.

Tratamento

O tratamento do pterígio deve levar em conta a intensidade dos sintomas e o tamanho da lesão. Em alguns casos, o crescimento da membrana carnosa é lento e os sintomas pouco intensos. Então, o tratamento pode ser feito com pomadas oculares e colírios que auxiliam na lubrificação dos olhos e aliviam os sintomas, diz o especialista.

O pterígio pode ser responsável por alterações visuais, como astigmatismo e até cegueira. O oftalmologista explica que caso o pterígio se desenvolva a ponto de atrapalhar a visão ou se torne um incômodo estético, pode ser retirado através de intervenção cirúrgica.

Existem técnicas cirúrgicas bastante seguras e eficientes. A intervenção é realizada sob anestesia local e demora aproximadamente 30 minutos, não sendo necessária internação. Depois da cirurgia, a aplicação de colírios ou pomadas oftálmicas à base de antibióticos e anti-inflamatórios deve ser mantida por algumas semanas.

Entretanto, apesar do tratamento da doença ter evoluído bastante, o risco de recorrência permanece e atinge entre 15% e 30% das pessoas que já passaram pela cirurgia, principalmente jovens e pessoas que não se protegem do sol e do calor.

Prevenção

Não são conhecidas medidas preventivas contra o pterígio, mas alguns cuidados podem retardar o aparecimento e evolução da doença. De acordo com o especialista, é importante evitar a exposição excessiva ao sol e qualquer fonte de irradiação.

Sempre que possível, deve-se usar óculos escuros, que devem ser escolhidos levando em conta o modelo com tamanho e coloração adequados para proteger toda a área dos olhos e lentes com proteção UVA e UVB.

Qualquer alteração ou sintoma diferente que apareça em seus olhos, não se automedique. Consulte um oftalmologista. Siga rigorosamente suas recomendações e só use colírios ou pomadas oftálmicas que ele prescrever.

O especialista alerta que o Brasil é um país tropical onde as condições climáticas favorecem o desenvolvimento desse tipo de lesão. Assim sendo, os cuidados com o sol devem ser redobrados.


Fonte: Qualicorp